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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Abordagem Podológica e fisioterápica de um hallux abducto valgus pós- cirúrgico.

Introdução:
O hallux abducto valgus (HAV) e, junto com o pé plano, a deformidade mais freqüente do pé. Existem muitas teorias a respeito da sua etiologia, mas a maioria dos autores coincide na co-existência de dois fatores2:
- Intrínsecos ou condicionantes: fatores congênitos, combinação de antepé egípcio e índex minus (Viladot e cols.)
- Extrínsecos ou desencadeantes: calçado 3,4 Esta complexa entidade caracteriza se por uma abdução e rotação externa do primeiro dedo e uma abdução e rotação interna do primeiro metatarsiano 5,6 (tomando como referência à linha medial corporal). Estas alterações geram um verdadeiro "caos biomecânico" ao nível do primeiro radio que acompanha diversas manifestações clínicas entre elas a dor. Este sintoma de difícil avaliação, não e constante em todos os casos nem no processo todo é atribuído, em muitos casos, ao roçar da exostose com o calçado. Sua localização varia em função do grau do hallux nos estágios iniciais pode aparecer como metatarsalgia ao nível dos metatarsianos centrais, a medida que aumenta a deformidade, vai para a face medial da articulação metatarsofalángica do primeiro dedo. A dor é o primeiro parâmetro da indicação cirúrgica do quadro. Existem perto de 100 técnicas cirúrgicas para o HAV5, muitas destas já perimidas. Uma alternativa para as técnicas cirúrgicas tradicionais, que está começando a ter muita popularidade, e a utilização de implantes.
A sua colocação tem 4 objetivos principais:
- Diminuição o extinção da dor.
- Conseguir uma mobilidade normal da articulação.
- Manter a estabilidade estrutural da articulação.
- Conseguir uma boa aparência estética.
Os implantes utilizados ao nível da primeira articulação metatarsofalángica podem ser de 3 tipos:
- Hemi-implantes: geralmente metálicos;
- Implantes totais em bissagra: feitos de materiais
Flexíveis;
- Implante de dois componentes: são os mais recentes e foi o tipo utilizado no caso clínico que descreveremos em continuação. 

Caso Clínico
Descrição do caso:
Paciente de 56 anos, intervenção cirúrgica para a correção de um hallux valgus direito.
Serviço de Traumatologia; o principal parâmetro da indicação cirúrgica foi o elevado grau de dor, que impedia o desenvolvimento das atividades diárias. A paciente relata uma piora do quadro apos à cirurgia (aumento da dor, diminuição da mobilidade articulação metatarsofalángica do primeiro dedo); vai novamente a consulta médica e efetuasse uma nova intervenção, utilizando desta vez uma prótese de dois componentes.
Apos esta segunda intervenção começa nossa atuação no caso.

Valorização funcional:
Desta valorização funcional efetuada destacam se os seguintes pontos:
A- Valorização estática em carga:
1 Plano frontal: retro pé neutro bilateral.
2 Plano transversal (obliquo) - visão plantar: valorização da pisada plantar.
Apresenta as seguintes alterações:
- Ausência de apoio do primeiro dedo do PE direito.
- Falta de apoio do istmo do pé direito.
Tratamento podológico
Neste paciente para o seu tratamento ortopodologico de Hallus Abducto Valgus pós- cirúrgico colocamos 4 objetivos básicos:
1. Controle da pronação ao nível do antepé;
2. Devolver a funcionalidade mecânica alterada no segmento digitometatarsal;
3. Restaurar o correto apoio plantar, descarregando os pontos críticos da pisada;
4. Facilitar a propulsão. Optamos pela confecção de um suporte plantar com prolongação tipo Morton feito em resinas termoplásticas de poliéster. O elemento anterior do suporte terá que reunir uma característica e flexibilidade que aceitem em todo momento a mobilidade deste segmento, deste modo estará potencializada a dinâmica. Vai ser muito importante ter presente que nos
casos que não possamos devolver a mobilidade ao segmento metatarsofalangico, o tratamento ortopodologico deverá colocar uma prótese na articulação para limitar o movimento, diminuindo assim a sintomatologia.

Tratamento Fisioterápico
Com os dados obtidos na valorização funcional do caso, os objetivos do tratamento de Fisioterapia, serão os seguintes:
1. Resolução da inflamação e do edema;
2. Liberação das aderências da cicatriz e a recuperação das propriedades mecânicas da pele;
3. Recuperara articulação interfalangica do primeiro dedo;
4. Reeducação da musculatura do primeiro dedo;
5. Reeducação da propulsão e da marcha.
Dá para destacar, nesta fase, a importância do tratamento da cicatriz, as aderências ao nível da cicatriz cirúrgica limitam a mobilidade do segmento e produzem dor. Aplicaremos fricções oblíquas e aproveitaremos o efeito mecânico da ultrosonoterapia para liberar ditas aderências.

Conclusões
Os resultados da combinação dos tratamentos fisioterápica e podológico foram altamente satisfatórios: o desaparecimento da dor que apresentava a paciente no inicio do tratamento e a normalização da fase de despegue da marcha. Neste sentido, gostaria mos de destacar a importância do trabalho em equipe do podólogo e o fisioterapeuta; é o primeiro que faz um trabalho de seguimento dos pés do paciente, e por isto é o profissional mais adequado para solicitar a participação do fisioterapeuta na abordagem da lesão. Toda colaboração entre ambas profissões dá uma maior qualidade de atendimento oferecida aos pacientes.

 Visão do implante em probas radiológicas.


cicatriz queloide

suporte plantar com alongo tipo morton.

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